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MP explica ação em presídio de Ji-Paraná
(Da Redação) Autoridades do Ministério Público de Rondônia, em nota oficial, explicaram as razões que levaram a justiça a coordenar uma operação no presídio Agenor Martins de Carvalho em Ji-Paraná que culminou com a prisão do diretor geral da penitenciária, Carlos Alberto da Silva, o popular ?Carlão?, do presidente da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (PAC), Adirles Carlos Souza Silva e do condenado Evandro Carlos Pereira Gama. A ação do MP, que teve o apoio da Polícia Militar e do Grupo de Investigação e Captura (GIC), ocorreu na manhã da última terça-feira (1º) e surpreendeu a comunidade e as autoridades estaduais. O trio é acusado de corrupção, enriquecimento ilícito, ação de influência e tráfico de drogas. A prisão dos diretores foi proferida pelo Juiz da 3ª Vara Criminal do município. As investigações tiveram início a partir de relatos e reclamações trazidas por presos e familiares sobre algumas irregularidades no âmbito da Penitenciária Regional Agenor Martins de Carvalho e na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Durante a investigação, desenvolvida pela Promotoria de Justiça de Ji-Paraná e pelo Centro de Atividades Extrajudiciais (Caex/PGJ), com o apoio da Gerência de Estratégia e Inteligência da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), foi possível confirmar a ocorrência de diversas irregularidades. Dentre elas, a saída indevida de presos do regime fechado, a solicitação de valores para a concessão de alguns benefícios dentro da Penitenciária, a possível falsidade de documentos encaminhados à Vara de Execuções Penais, a facilitação na entrada de celulares para o interior do Presídio, entre outras. Com base nisso, foi decretada a prisão do Diretor-Geral da Penitenciária, do Presidente da APAC e do preso do regime fechado, que deixava o presídio diariamente. Por questão de segurança, os presos foram removidos para Porto Velho. As investigações continuam perante a Delegacia Especializada em crimes cometidos no Sistema Penitenciário, ligada à Delegacia de Polícia Especializada do Estado de Rondônia, e deverão ser encerradas no prazo legal. AÇÃO DA POLÍCIA MILITAR - Após a prisão dos diretores do presídio, a pedido do Ministério Público, a Polícia Militar realizou no começo da última tarde desta terça-feira, uma mega operação para fazer um ?pente fino? dentro do presídio. Cerca de 150 policiais militares lotados no 2º BPM participaram desta operação. Durante a revista no Presídio, os apenados foram colocados no pátio e os policiais fizeram uma vistoria completa nas celas de regime fechado e do semi-aberto em busca de objetos de uso proibido dentro da entidade carcerária. Foram recolhidos cartões de celular, listas com números de telefone, carregadores, drogas e uma grande quantia em dinheiro, além de vários objetos cortantes de fabricação caseira. Também foi encontrada uma seringa descartável cheia de sangue, supostamente infectado com HIV (AIDS). SEJUS CONDENA AÇÃO DE DIRETOR - A Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS), através de seu secretário Gilvan Cordeiro Ferro, esclareceu que a entidade não compactua com servidores que não desempenham suas funções de acordo com as normas da administração pública e fora dos preceitos éticos e morais. Segundo Gilvan Ferro, a secretaria tem colaborado com todas as investigações que possam esclarecer fatos e identificar servidores em conduta suspeita. No caso da prisão do diretor da unidade prisional de Ji-Paraná, Carlos Alberto da Silva, não foi diferente. ?A SEJUS colaborou nas investigações por entender que não há espaço para o corporativismo que não seja dentro da Lei?, ressaltou o secretário informando que ao permitir que um preso circulasse livremente na cidade, o então diretor da unidade prisional de Ji-Paraná agiu contrariamente às normas e sua prisão decretada pela Justiça é incontestável. O secretário disse que a SEJUS encaminhou ofício de exoneração do servidor do cargo de diretor de unidade prisional, e continuará agindo desta forma, não compactuando com ações dessa natureza e agindo com rigor para coibir atitudes ilícitas de seus servidores. ...


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